Bem Estar desta quinta (28) recebeu a dermatologista Luciana Molina. Consultora Ana Escobar também falou sobre causas e prevenção.
Conhecer o seu tipo de pele - seca, mista ou oleosa – é importante para
prevenir cravos e espinhas, um problema que atinge 90% dos adolescentes
e metade da população adulta.
No Bem Estar desta quinta-feira (28), a dermatologista Luciana Molina e
a pediatra Ana Escobar, que também é consultora do programa, explicaram
como evitar a acne e as cicatrizes ou manchas deixadas por ela.
Os homens costumam procurar mais o médico – são dois em cada dez – e a
região Centro-Oeste é campeã de casos: sete em dez moradores apresentam
alterações na pele. E cuidar dela não é questão de vaidade ou estética,
mas de saúde.
As médicas ensinaram que não se deve espremer cravos e espinhas em
casa, apenas no consultório ou com profissional especializado. Apertar
uma região inflamada sem o devido cuidado pode ser perigoso, por
espalhar bactérias para uma área maior. Os micro-organismos das mãos e
unhas podem contaminar a pele e o sangue se um vaso se romper.
Clima, alterações hormonais na adolescência, tendências individuais e
até ansiedade antes de eventos importantes podem causar o problema.
Quanto aos alimentos, nenhuma pesquisa ainda conseguiu provar que têm a
capacidade de agravar esse distúrbio. O recomendado é prestar atenção
nos produtos que podem desencadear uma reação e evitá-los.
O repórter Raphael Prado foi às ruas de São Paulo ao lado de uma
esteticista, que deu orientações para as pessoas que sofrem de acne.
Segundo Luciana Molina, a diferença entre cravo e espinha é que o
primeiro é uma lesão inicial do processo de acne, ou seja, entupimento
de uma glândula sebácea. Quando ocorre a inflamação, com o aparecimento
de bactérias, chama-se espinha.
O folículo onde o pelo nasce é uma espécie de casulo. Ligada a ele,
está a glândula sebácea, que produz um líquido formado por óleos – uma
“sopa” que as bactérias adoram e serve para que elas se nutram,
reproduzam e multipliquem. A quantidade de sebo aumenta, mistura-se ao
pus (resultado da digestão dos micro-organismos) e aí surge a
inflamação, que é a espinha. Por conta disso, a pele pode ficar
avermelhada e dolorida.
No caso dos cravos, não há a presença de bactérias. Em uma pele com
poros abertos e dilatados, o sebo entra em contato com o ar, oxida e
aparece como um pontinho preto.
Nas ruas de Fortaleza, a repórter Sabrina Aguiar fez o teste com as
pessoas para identificar qual o tipo de pele delas. Além de grau de
oleosidade, o rosto pode ser classificado de acordo com as seguintes
frutas: pêssego (liso e não tão oleoso), laranja (seco e já danificado
após muitos cravos e espinhas), fruta do conde (cheio de espinhas;
precisa de tratamento específico), maracujá (seco, enrugado e
envelhecido) e pera (com pontos pretos, manchas ou espinhas que aparecem
de vez em quando, mas nada anormal).
Lavar o rosto com sabonete e usar esfoliantes para reduzir a oleosidade
da pele é uma saída contra a acne. A melhor limpeza é a que retira
manualmente os cravos. Vaporizadores e sugadores ajudam a abrir os
poros, mas não a eliminar os pontos pretos.
Uso de cosméticos, remédios com vitamina B, xaropes para tosse,
corticoides e anabolizantes podem provocar ou acentuar o problema. O
tratamento exige dedicação e paciência, pois costuma ser demorado.
Medicamentos à base de isotretinoína só devem ser usados com
acompanhamento profissional.
Graus da acne (por intensidade)
1 – Leve: em que predominam os cravos
2 – Moderado: em que há mais espinhas
3 – Intenso: em que existem cistos e nódulos inflamados
4 – Grave: com lesões intensamente inflamatórias
2 – Moderado: em que há mais espinhas
3 – Intenso: em que existem cistos e nódulos inflamados
4 – Grave: com lesões intensamente inflamatórias