A
vitamina C ou, simplesmente, ácido ascórbico (AA) é vitamina
hidrossolúvel e termolábil. Os seres humanos e outros primatas, bem
como o cobaio, são os únicos mamíferos incapazes de sintetizar o AA.
Neles, a deficiência, geneticamente determinada, da gulonolactona
oxidase impede a síntese do ácido L-ascórbico a partir da glicose.
A
dose recomendada para manutenção de nível de saturação da vitamina C
no organismo é de cerca de 100mg por dia. Em situações diversas,
tais como infecções, gravidez e amamentação, e em tabagistas, doses
ainda mais elevadas são necessárias. A vitamina C
encontra-se na natureza sob duas formas: reduzida ou oxidada (ácido
deidroascórbico); ambas são igualmente ativas, porém a forma oxidada
está muito menos difundida nas substâncias naturais. A transformação
do AA em ácido deidroascórbico ocorre normalmente no interior do
organismo e é reversível, permitindo que uma de suas substâncias
possa sempre ser transformada na outra. Essa capacidade de transformação
funciona como um sistema oxidorredutor capaz de transportar
hidrogênio nos processos de respiração, no nível celular.
O ácido ascórbico participa dos processos celulares de oxirredução,
como também é importante na biossíntese das catecolaminas. Previne
o escorbuto, é importante na defesa do organismo contra infecções e
fundamental na integridade das paredes dos vasos sangüíneos. É
essencial para a formação das fibras colágenas existentes em
praticamente todos os tecidos do corpo humano (derme, cartilagem e
ossos).