
A pele não deve ser exposta além da capacidade do indivíduo de se bronzear; quando isto acontece, significa que ela foi agredida
Dermatologista desaconselha uso de bronzeador por não inibir efeitos prejudiciais do sol na pele
Proteção
contra os raios solares é fundamental para saúde e beleza da pele.
Independente da época do ano - esteja frio ou calor - o protetor solar
precisa ser aplicado nas partes expostas do corpo, como mãos, rosto,
colo, orelhas e cabeça (para pessoas com cabelos curtos, calvas ou
carecas). Porém, qual produto é o mais indicado: protetor, bloqueador ou
bronzeador?
"O protetor solar tem a função de diminuir os efeitos dos raios
UVA e UVB. Já o bloqueador seria produto com substância capaz de
refletir (filtro fisco), além de reagir com a radiação solar (filtro
químico), impedindo que a os raios UVA e UVB penetrem na pele, não há,
no entanto, um cosmético que proteja 100% um indivíduo", explica a
médica-dermatologista do Hospital Bandeirantes, Suzy Rabello.
Segundo a especialista, o bronzeador solar consiste em uma
formulação com fator de proteção solar menor que 15 e, por vezes, com ou
mais ativos associados que estimulam a pigmentação cutânea. "São
substâncias que podem ser muito perigosas para a saúde, pois deixam a
pele exposta aos raios solares", completa Dra. Suzy. Já os
autobronzeadores apenas "maquiam" a derme, mas é necessário lembrar que
não protegem da exposição solar, devendo haver o uso de um filtro solar
adequado para a proteção.
Independente do tipo de cosméticos, não há restrições para o uso
dos três produtos e qualquer pessoa pode aplicá-los. Porém, os
dermatologistas não recomendam os bronzeadores, principalmente em um
país tropical como o Brasil, onde a exposição solar é intensa.
"A pele não deve ser exposta de modo a superar a capacidade do
indivíduo de se bronzear. Quando isto acontece, significa que ela foi
agredida pela luz, chegando até mesmo à queimaduras solares (quanto mais
clara a pele, mais possibilidade da pessoa se bronzear com risco de
queimadura solar). O resultado é o envelhecimento precoce e aumento da
possibilidade de câncer de pele, em todas as suas variedades, incluindo o
Melanoma", alerta a dermatologista do Hospital Bandeirantes.
Com a diminuição da camada de ozônio, os raios solares estão mais intensos e, como consequência, ocorre maior agressão à derme.
Mesmo os bebês devem usar protetor solar para evitar problemas,
mas apenas a partir dos 6 meses de vida, não devendo ser amplamente
expostos ao sol até este momento. No mercado, há produtos específicos
para peles infantis, que são mais sensíveis.
"Com o passar do tempo, não há a necessidade de aumentar o fator
de proteção. O que se deve levar em consideração na hora da aquisição
do produto é o fototipo da pessoa, ou seja, a cor da pele e não a idade.
Quanto menor o fototipo - quanto mais claro for o indivíduo - maior
deve ser o FPS. Lembrando que negros e pardos, mesmo com a proteção
natural de sua pele, devem utilizar protetores ou bloqueadores", conclui
a especialista Suzy Rabello.
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