Antes
de iniciarmos qualquer tratamento é preciso conhecer bem a nossa
cliente. Isso é feito através da ficha de anamnese. Essa ficha deve ser a
mais completa possível, pois dessa forma ela vai nos fornecer
informações importantes sobre a cliente...
Depois precisamos avaliá-la, e identificar o que ela realmente apresenta:
O
diagnóstico diferencial é imprescindível. Será que o que para ela é
“celulite”, é apenas uma infiltração, isto é, acúmulo de líquidos no
tecido adiposo? E nesse caso a Drenagem Linfática melhorará
consideravelmente esse quadro.
Mais do que nunca a avaliação é de suma importância para diagnosticarmos o quadro que ela apresenta.
Existem
várias patologias estéticas que se coexistem e confundem. Muito
freqüentemente a hipotonia cutânea é chamada pelos leigos ou até por
profissionais desatentos de celulite.
Antes de tratarmos o tema
vamos tentar especificar o que o senso comum entende por celulite e
porque a hipotonia cutânea é considerada uma manifestação dela.
Tecnicamente podemos descrever seis patologias que costumam ser indiscriminadamente chamada de celulite:
- Edema
- Lipodistrofia
- Fibro edema gelóide subcutâneo
- Hipotonia muscular
- Fibrose
- Hipotonia cutânea
EdemaRetenção
hídrica de diversas etiologias. Pode ser provocada por problemas
renais, intoxicação medicamentosa, alterações hormonais, stress, uso
inadequado de vestuário pressionando gânglios linfáticos (calça jeans
apertadas) e etc.
Normalmente apresenta-se agravada em membros inferiores.
O edema de origem não traumática é uma patologia específica do ser humano.
O
edema também pode ser de origem metabólica patológica por insuficiência
renal. Quando o indivíduo acorda constantemente com mãos e pés
edemaciados é aconselhável, antes de tudo, a avaliação de um
nefrologista para afastar a possibilidade de uma patologia renal ou para
tratá-la.
O que nos deparamos normalmente são com os edemas posturais, hormonais e carenciais (desnutrição).
Todos eles diminuem com drenagem linfática, mas se a causa não for corrigida a reincidiva é quase que imediata.
Quando o tecido está edemaciado ele apresenta uma aparência estufada e irregular que pode ser confundida com celulite.
O
tratamento estético para o edema consiste basicamente em drenagem
linfática manual eletrônica ou pressoterápica. Outro recurso
interessante é o uso da vacuoterapia (modo pulsado).
LipodistrofiaDesenvolvimento irregular do tecido conjuntivo adiposo subcutâneo ou gordura localizada.
Pode
ser genética, produzida por alterações posturais ou circulatórias. Na
lipodistrofia, os adipócitos apresentam-se aumentados com uma quantidade
de triglicerídeos maior que outras regiões; porém não existem sinais de
esclerose ou fibrose. O metabolismo local pode apresentar-se lento mas
sem maiores transtornos.
A
diferença fundamental entre a lipodistrofia e a celulite é que a
primeira pode apresentar um metabolismo mais baixo, mas não apresenta
alterações metabólicas patológicas como na celulite. Como o tecido
adiposo é tecido conjuntivo frouxo, quando aumentado, apresenta
irregularidade e uma aparência ondulada por isso é confundida com a
celulite.
A lipodistrofia pode vir acompanhada de transtornos
posturais e localizar-se sobre uma musculatura atrofiada; ou sobre algum
órgão com algum tipo de disfunção; ou até sobre veias perfurantes
congestionadas. Há também a pré disposição genética que deve ser levada
em conta, observando-se se realmente é genético ou se a pessoa herdou a
mesma causa da lipodistrofia.
Um exemplo típico de lipodistrofia é
o culote que muito freqüentemente é tratado como celulite e tem sua
origem na alteração postural que expõe a articulação coxafemural por uma
hiperextensão e rotação dos joelhos. A lipodistrofia, neste caso,
funciona como uma “almofada” para proteger esta articulação.
A
região lipodistrófica tem um metabolismo mais lento ou por falta de
contração muscular regular, ou por congestão circulatória, mas não
apresenta alterações metabólicas graves como polimerização dos
mucopolissacarídeos, fibroses, destruição de tecido vascular e
compressão de enervação como ocorre na celulite.
Para se combater
adequadamente uma lipodistrofia é necessário corrigir a causa através
de técnicas fisioterápicas (caso tenha origem postural) ou tratamentos
médicos adequados às disfunções orgânicas ou circulatórias.
A
lipodistrofia causada por problemas posturais pode regredir com
tratamentos termolipolíticos, ultrassom, ionização de grandes
superfícies, estimulação muscular e eletroforese.
Podemos
concluir, portanto que a diferença básica entre lipodistrofia e celulite
é que a lipodistrofia é conseqüência de alguma patologia externa ao
panículo adiposo e a celulite é uma patologia do próprio panículo
adiposo.
Quando a causa da lipodistrofia é tratada podemos
estimular com técnicas estéticas a região lipodistrófica e teremos
resultados satisfatórios. As reservas energéticas deste panículo adiposo
podem ser liberadas, pois não estão fibrosadas nem com graves
transtornos circulatórios como na celulite. |
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Fibro edema gelóide subcutâneo ou Paniculopatia EdematofibroescleróticaEssa é a verdadeira patologia que pode ser chamada de celulite.
Assim
como a lipodistrofia o FEG ou PEFE também se apresenta no tecido
adiposo subcutâneo, mas apresenta um metabolismo totalmente alterado.
Esse tecido apresenta-se esclerosado (com pouca circulação) e fibrosado
(com aumento de fibras colágenas).
O aumento de adipócitos no FEG
ou PEFE não é só acúmulo de triglicerídeos como também aumento hídrico.
O líquido intersticial perde sua fluidez e torna-se viscoso pela
polimerização dos mucopolissacarídeos. As trocas metabólicas ficam
dificultadas pela espessura do líquido intersticial diminuindo a
nutrição e oxigenação das células. O aumento dos adipócitos e a
diminuição circulatória produzem uma congestão venosa destruindo tecido
vascular, nervoso e linfático. Como reação de defesa há formação de
fibras colágenas fibrosando o tecido. Os grupamentos desses adipócitos
dão origem aos nódulos celulíticos.
As principais causas desses
transtornos são: genética, hormonal, stress, nutricional,
anticoncepcional, alimentação errada, roupas apertadas e fumo.
O
tratamento do FEG. ou PEFE é difícil mas essa patologia pode ser
minimizada através de iontoforese de grande superfície, ultrassom,
drenagem linfática, eletroporação, endermologia e massafilaxia.
Etapas de evolução da celulite:Primeira EtapaCaracteriza-se
pela diminuição da microcirculação venosa e linfática, onde os vasos se
dilatam e o sangue permanece alojado mais tempo que o habitual
Segunda EtapaA
estase venosa e a vasodilatação tornam a parede dos vasos venosos e
linfáticos mais permeáveis, deixando sair um líquido rico em sódio e
mucopolissacarídeos para o exterior. Esta etapa é chamada de “edema do
tecido conjuntivo”.
Terceira EtapaDevido à estase circulatória, ocorre uma transformação do líquido seroso em uma substância gelóide.
Isto dificulta o intercâmbio de nutrientes entre os vasos e as células adiposas.
Quarta EtapaProliferação da substância fibrosa na derme e hipoderme e organização de fibrilas túrgidas.
Formam-se redes que englobam células adiposas, vasos venosos, linfáticos e nervos, dificultando as trocas nutricionais.
Quinta EtapaCaracteriza-se
por fibrose e esclerose cicatricial que comprimem células, vasos
linfáticos e nervos. São formados micro e macro-nódulos, formando
ondulações (casca de laranja). |
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Tipos de celulite
Celulite dura, sólida ou compacta
- Local: porção inferior do corpo;
- Granulosa ao tato. Massa dura e localizada;
- Não se altera com a movimentação postural;
- Pouca ou nenhuma mobilidade;
- Sensação dolorosa e microvarizes;
- Sensação de frio nas extremidades.
Celulite branda ou flácida
- Local: pelve, coxas e braços;
- Surge após emagrecimento rápido, uso de diuréticos, procedimentos mal realizados como: lipoaspiração e mesoterapia;
- Mobilidade nas mudanças posturais;
- Atrofia muscular, microvarizes, pele fria, seca e rugosa.
Celulite edematosa
- Local: membros inferiores;
- Obstrução tissular a nível das articulações;
- Insuficiência circulatória e linfática MIS;
- Edema, varizes peso, prurido, câimbras;
- Aspecto casca de laranja;
- Ausência de cacifo.
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Hipotonia MuscularO
panículo adiposo tem por suporte a estrutura muscular. Quando a
musculatura perde tonicidade o músculo perde espessura e aumenta o seu
comprimento e o panículo adiposo ali fixado apresenta-se na superfície
cutânea com ondulações.
Estas ondulações diferem das ondulações
provocadas pela hipotonia dérmica, pois se apresentam na forma de ptose.
Para tracionar o tecido e fazer desaparecer essas ondulações, temos de
tracionar camadas musculares do tecido.
As causas mais freqüentes da hipotonia muscular são:
- Falta de atividade física
- Postura incorreta
a)
A falta de atividade física regular faz com que a musculatura perca
tônus e espessura, principalmente em idades mais avançadas;
b) A
postura incorreta pode determinar hipotonia muscular localizada por
sobrecarregar alguns grupos musculares e relaxar outros.
É muito
freqüente observarmos mulheres com hipotonia glútea e hipertrofia de
quadrícepes, pois caminham com o quadril avançado, transferindo seu
equilíbrio para quadrícepes e musculatura lombar apresentando lordose
acentuada. Normalmente essas mulheres não têm estabilidade de quadril e
caminham “rebolando”. Este é um andar típico das modelos, por ser
considerado sensual. Essa postura produz progressivamente uma hipotonia
glútea podendo até fazer aparecer um falso culote. É chamado de falso
culote, pois não se trata de uma lipodistrofia, que seria o culote
verdadeiro. A musculatura glútea perde volume e fica com uma aparência
disforme e irregular.
Essa irregularidade produzida pela hipotonia muscular muitas vezes é confundida com celulite.
Fibrose e AderênciasSão retrações da pele produzidas pelo aumento e endurecimento das fibras colágenas.
As
fibroses ocorrem na celulite em decorrência de um transtorno metabólico
local como vimos anteriormente. Existem muitas outras causas para que
as fibroses e aderências apareçam:
a) Traumatismos locais; quedas
ou pancadas que cortam o tecido internamente, quando cicatrizado pode
apresentar fibroses e aderências;
b) Reação inflamatória decorrente de injeções;
c) Uso inadequado de roupas íntimas com elásticos muito apertados, que produzem garrotes;
d) Contração involuntária constante da musculatura glútea.
Estas
são as causas mais freqüentes de fibroses e aderências que não devem
ser confundidas com celulite, pois não apresentam necessariamente
nenhuma outra patologia associada.
Quando confundidas com
celulite é exatamente pelo aspecto almofadado que proporciona à
superfície da pele. Atualmente para minimizar as fibroses temos um
recurso bastante efetivo que são os novos aparelhos de sucção
(endermologia / vacuoterapia) associados ao ultrassom que diminuem a
resistência dessas fibras.
Hipotonia Dérmica |
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A
hipotonia dérmica é uma paniculopatia muito distinta de celulite apesar
de também apresentar irregularidades na superfície cutânea.
Trata-se
de uma alteração na trama de fibras colágenas que perdem a elasticidade
e diminuem em quantidade. O tecido perde a resistência por fragilidade
dérmica e pela perda de sustentação das fibras colágenas de toda
estrutura do panículo adiposo. Sem uma sustentação adequada o panículo
adiposo torna-se hipotônico e apresenta uma superfície irregular.
As principais causas da hipotonia dérmica são:
a) Alimentação;
b) Alterações hormonais;
c) Foto envelhecimento;
d) Hereditariedade.
- A
alimentação é a causa mais freqüente de hipotonia dérmica é a mais
fácil de ser resolvida, desde que a cliente passe a respeitar as normas
internacionais de nutrição.
A nutrição adequada exige uma
alimentação balanceada, respeitando todos os itens necessários para a
renovação e manutenção do organismo. Entretanto, um item que interage
diretamente no tônus da pele é a quantidade de proteína ingerida. Se o
consumo protéico for baixo, o organismo mandará quantidades
insuficientes deste nutriente para composição de fibras colágenas da
pele assim como também mandará menos aminoácidos para os anexos: cabelos
e unhas. A tendência do nosso organismo é preservar tecidos nobres de
forma prioritária.
- A principal alteração hormonal que pode desencadear hipotonia dérmica é o aumento de corticóides circulantes.
O
corticóide degrada fibra colágena e pode desencadear hipotonia e, em
estágios mais avançados de desequilíbrio, chega a destruir fibras
colágenas formando estrias. O exemplo mais clássico desta patologia é a
Síndrome de Cushing que é uma disfunção de supra-renal que produz
excesso de corticóide provocando hipotonia e estrias no corpo todo.
O
uso de corticoideterapia endógena ou tópica por período prolongado
também pode desencadear hipotonia dérmica local ou generalizada.
- O
foto-envelhecimento também produz hipotonia dérmica pelos danos
causados às fibras colágenas pelo excesso de exposição aos raios
ultravioletas.
Quando o sol é fator desencadeante de hipotonia
esta patologia apresenta-se localizada nas regiões expostas,
contrastando nitidamente com as regiões que normalmente ficam cobertas.
- O
tônus da pele também varia de acordo com a etiologia da pessoa. Quando
avaliamos a tonicidade de pele de alguém temos que levar em consideração
a influência genética.
Portanto hipotonia dérmica não só é
diferente da celulite como podemos considerá-las patologias opostas,
pois enquanto temos na celulite excesso de fibroses na hipotonia dérmica
temos fibras colágenas menos resistentes. A confusão de diagnóstico
entre estas duas patologias pode incorrer em tratamentos desastrosos.
Para
diferenciar claramente estas duas patologias basta apalpar o tecido a
procura de nódulos celulíticos e tracionar o tecido para verificar se
ele produz ou não ondulações formadas por trações de fibroses. É muito
freqüente a própria cliente fazer inconscientemente esse diagnóstico,
ela traciona a pele e percebe que a pele fica lisinha e nos pergunta se é
possível deixá-la desta maneira. Se se tratar de um tecido celulítico
fibrosado, esta tração só tornará mais nítidas as irregularidades. |
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Recursos EletroterápicosVamos
agora listar os recursos eletroterápicos indispensáveis numa clínica de
estética, para podermos montar programas de tratamentos que atendam a
maioria das patologias apresentadas pelos nossos clientes:
- Drenagem Linfática;
- Iontoforese / Iontoforese de grande superfície;
- Eletroliporedução / Eletrolipólise;
- Termoliporedução / Termoterapia;
- Endermologia / Dermotonificação / Vacuoterapia;
- Ultrassom ( 3 MHZ e 5MHZ);
- Eletroestimulação (baixa freqüência - isometria) e Média freqüência - (corrente russa);
- Pressoterapia;
- Eletroporação.
O Porque de cada recurso
É
função do sistema linfático drenar a maioria dos líquidos corporais, e
também resíduos do metabolismo, não permitindo a formação de edemas.
Quando a drenagem é deficiente há um congestionamento e conseqüente
acúmulo de líquido. O sistema linfático auxilia o sistema venoso na
remoção de produtos do metabolismo.
Objetivo:Ativa a circulação linfática drenando edemas e desintoxicando o organismo.
Ionizadores
de grande superfície utilizados para a introdução de ativos iônicos. A
Ionização ou Iontoforese é a utilização de corrente contínua e constante
de baixa tensão e média intensidade chamada de corrente galvânica, cuja
finalidade é introduzir íons com propriedades medicamentosas.
A
penetração é realizada através da pele que deve estar íntegra, para que
as substâncias aquosas, hidrossolúveis possam ser conduzidas pela
corrente galvânica. A corrente produz um efeito térmico local que ocorre
em função do aumento da temperatura local de 2º C a 3º C, produzindo
aumento do fluxo sangüíneo, melhorando o metabolismo, o trofismo e
aliviando as sensações dolorosas. Nada que seja de teor oleoso, pomada,
emulsão é ionizável.
Ajuda
a romper a fibrose que envolve as células de gordura. Rompida essa
membrana, a gordura tende a ser reabsorvida pelo organismo, metabolizado
e eliminado pela diurese.
Termolipólise
é um sistema de termoterapia baseado na transformação em energia da
célula gordurosa mediante calor infiltrado. Durante anos, se acreditou
que os obesos tinham seu metabolismo basal diminuído, porque se conhecia
só dois componentes de gastos energéticos.
- metabolismo basal;
- exercícios físicos.
Com
a invenção de aparelhos capazes de medir o metabolismo basal, se
descobriu que somente uma porcentagem muito baixa de obesos (ao redor de
5%), apresentam um metabolismo basal abaixo dos parâmetros considerando
normais.
Voltando, então, a estudar porque indivíduos que
ingerem o mesmo teor calórico têm diferentes reações, alguns engordando e
outros permanecem com o mesmo peso, médicos cientistas partiram para um
terceiro componente de gasto energético. A "termogênese reguladora".
Simplesmente, o indivíduo que tem a termogênese diminuída tende a ser obeso.
Para
se produzir a termogênese reguladora, nosso organismo precisa manter
uma temperatura estável, e o responsável pela manutenção desta
temperatura é o hipotálamo, também conhecido como termostato.
Com
os aparelhos termoliporedutores, consegue-se fazer isso, posto que ao
fazer o calor infiltrar-se a nível interno, a temperatura do corpo
aumenta e a sudorese acaba não sendo suficiente para resfriá-lo, então
toda a temperatura interna do corpo sobe a fim de manter o equilíbrio
térmico.
Esse aquecimento, quase que obrigatório, é que transforma as gorduras de reservas em energia, produzindo a lipólise.
Através dessa técnica aciona-se a termogênese onde transformamos gordura em energia.
A
eficácia desta forma de tratamento se deve a capacidade de incentivar o
sistema circulatório realizando uma micromassagem na epiderme atuando
de forma reflexa nas estruturas abaixo da derme, tais como: sistema
linfático profundo, fáscias, nervos, músculos, tendões e líquidos
tissulares em um processo de sucção contínua, pulsada ou moderada. A
endermologia libera as toxinas, que são lançadas na corrente sangüínea,
desobstruindo a região por onde passa. A partir daí, os tecidos entram
em um processo de equilíbrio homeostático integral por drenagem
hemolinfática realizando uma revitalização tecidual por liberação de
toxinas, aumentando a produção de colágeno, fibroblastos, diminuição de
líquidos de edemas seja patológico ou apenas por retenção hídrica.
Sua
eficácia é plena quando o tratamento da celulite, redução de gorduras
localizadas, culote, cirurgias plásticas (pré e pós-operatório),
cicatrizes profundas, aderências e por ação sobre o sistema
neurovegetativo pode induzir a um estado de relaxamento corporal.
- Ultrassom - 3 MHz e 5 MHz
A
aplicação de ultrassom promove hiperemia graças ao aumento da
circulação sangüínea na zona tratada. Este processo deve-se ao efeito
térmico e a ação das substâncias vasodilatadoras que ativam o
metabolismo local.
Paralelamente, ocorre um aumento de
permeabilidade das membranas, favorecendo, além do efeito estimulador da
circulação os intercâmbios celulares, reabsorção de edemas. O Ultrassom
tem ainda efeito analgésico e de relaxamento muscular pela ação térmica
que age diretamente nas fibras contráteis e nervosas.
Desta forma, o ultrassom torna-se um poderoso aliado do trabalho do profissional no combate a celulite localizada. |
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Efeitos Básicos produzidos pelo Ultrassom
- Efeito Mecânico:
A sonorização produz sobre o organismo uma série de pressões e
descompressões que conferem um movimento oscilatório das partículas
intra e extras celulares. Desta forma se vêem submetidas a uma
aceleração violenta, com paradas bruscas, originando variações de
pressão consideráveis. Esses conjuntos de efeitos formam a micromassagem
a nível celular que:
- Produz um aumento da permeabilidade da
membrana celular, acelerando o intercâmbio de fluidos, favorecendo o
processo de difusão e melhorando o metabolismo celular;
Pode produzir desagregações de complexos celulares e macromoléculas;
- Favorece a liberação de aderências, provavelmente pela separação das fibras colágenas.
- Efeito Térmico:
a energia mecânica absorvida pelos tecidos pode transformar-se em
energia térmica, já que o organismo não é completamente elástico opondo
uma resistência ao movimento mecânico, tendo um resultado final à
produção de calor.
Esta produção de calor contribui para a
estimulação do metabolismo celular e da circulação sangüínea,
favorecendo a instalação de uma hiperemia na região.
Independente
dos efeitos benéficos da produção de calor temos que manter o cabeçote
do ultra-som sempre em movimento contínuo para evitarmos uma produção
exagerada de calor em um só local.
- Efeito Químico: como conseqüência dos fatores mecânicos e térmicos, aparecem umas séries de reações químicas como:
- Liberação de substâncias vasodilatadoras;
- Desagregação de moléculas complexas;
- Ação coloidiquímica.
Objetivo:Provocar
o trabalho muscular através de estimulação elétrica para se conseguir
aumento de tônus (combate à flacidez) ou diminuição da gordura
localizada.
O processo de estimulação muscular é obtido pela
utilização de uma corrente pulsante intervalada, cuja forma do pulso
tenha bem caracterizado a existência de dois intervalos de tempo:
TRABALHO e REPOUSO.
Efeitos Fisiológicos:
- O
principal efeito fisiológico da eletroestimulação e a estimulação dos
nervos motores, coma a conseqüente produção do trabalho muscular;
- O
estímulo elétrico aplicado sobre o músculo determina sua contração,
chegando até os músculos adjacentes. Ele é conduzido pelos nervos
motores até os músculos provocando movimentos e contrações;
- As
mudanças produzidas pela estimulação são semelhantes às produzidas pelas
contrações voluntárias, há aumento do metabolismo muscular, uma maior
oxigenação. Liberação de metabólitos, dilatação de arteríolas e um
conseqüente aumento da irrigação sangüínea no músculo.
Efeitos da Eletroestimulação em estética:
- Hipertrofia e ganho de potência de um músculo;
- Aumento da irrigação sangüínea;
- Aumento do retorno venoso linfático;
- Aumento de fibroblastos e elastina;
- Diminuição de tecidos gorduroso substituindo-os por tecido muscular.
Pressoterapia
- Favorece a reabsorção dos líquidos intersticiais e das toxinas retidas;
- Ativa a drenagem venosa e linfática, normalizando a circulação de retorno;
- Aumenta a elasticidade e a resistência dos tecidos;
- Promove um efeito relaxante.
A
pressoterapia possibilita a entrada do líquido intersticial nos vasos
sangüíneos e conseqüentemente o aumento do volume de líquido circulante
que aumentará a pressão arterial e que conseqüentemente com a aplicação
da pressoterapia aumentará sobre os vasos e facilitará a drenagem
linfática.
- Criotermólise ou Criotermolipólise
Esta
técnica provoca uma variação automática de temperatura, alternando
frio/calor em intervalos de tempo programados (1 a 5 min),
possibilitando que o profissional defina os valores máximo e mínimo da
temperatura entre -1º C e 40º C de acordo com a sensibilidade do
cliente/paciente.
A Criotermólise é altamente eficaz nos
tratamentos de gordura localizada por acionar a termogênese local da
forma mais potencializada possível.
Recursos excelentes para adiposidades localizadas:
- Microcorrentes
- Eletroporação
A Importância dos CosméticosComo
já vimos anteriormente, não existe tratamento milagroso e sim
associação de recursos, técnica e produtos que juntos vão compor um
programa de tratamento para ser aplicado com resultados satisfatórios.
Logo, a estética é formada por um triângulo composto de:
- um bom profissional (técnico/a)
- bons equipamentos (recursos)
- bons produtos (cosméticos / cosmecêuticos)
É a união desses 3 que geram resultados excelentes.
Os
cosméticos são imprescindíveis, pois são eles que quando introduzidos
melhoram a qualidade do tecido e quando usados topicamente hidratam esse
tecido.
Montagem de ProtocolosGeralmente oferecemos de 2 a 4 séries de tratamento.
Cada série é composta de um “Programa de Tratamento Específico”.
Cada programa é composto de 12 a 15 sessões.
É
impossível melhorarmos o quadro de uma cliente de 55 anos que apresenta
uma celulite edematosa com adiposidade túrgida num único programa de
tratamento de 15 sessões. No mínimo ela vai precisar de 3 a 4 séries,
isto é, 60 a 80 sessões.
Não podemos prometer melhora em 1 mês de tratamento num problema da cliente, gerado ao longo de 30/40 anos.
Podemos
utilizar de 1 a 3 procedimentos (recursos) numa mesma sessão, tudo vai
depender do programa de tratamento montado e da disponibilidade de tempo
da cliente. Normalmente utilizamos dois procedimentos por sessão.
Como cada recurso (aparelho) é utilizado em média por 30 minutos, cada sessão dura aproximadamente 1 (uma) hora.