Tratamento das estrias
As estrias atróficas são lesões decorrentes
da degeneração das fibras elásticas da pele
que ocorrem por sua distensão exagerada ou devido a alterações
hormonais. É comum o surgimento durante a puberdade em decorrência
do crescimento acelerado nesta fase da vida e também na obesidade
e na gravidez. Atinge os dois sexos porém é mais frequente
no sexo feminino, sendo uma das principais queixas de estética
entre as mulheres.
A ruptura das fibras forma lesões lineares, geralmente paralelas,
que podem variar de 1 a vários centímetros de extensão.
Surgem principalmente nas coxas, nádegas, abdomem (gravidez),
mamas e dorso do tronco (homens). Inicialmente as lesões
são avermelhadas ou róseas evoluindo mais tarde para
uma tonalidade esbranquiçada, com pele de aspecto deprimido.
Em pessoas de pele morena as estrias podem ser mais escuras que
a pele sadia. A pele na área afetada tem consistência
frouxa.
Estrias antigas na coxa


Como evitar?
O surgimento das estrias depende de uma tendência pessoal.
Algumas pessoas as desenvolvem mesmo com pouca distensão
da pele e outras não desenvolvem estrias nem na gravidez,
quando a distensão da pele é muito grande.
De qualquer forma, recomenda-se a hidratação intensa
da pele com cremes e loções hidratantes para tentar
evitá-las, principalmente em pessoas com histórico
familiar de estrias. Deve-se beber pelo menos 8 copos grandes de
água por dia (2 litros) e evitar engordar demais e rapidamente,
eliminando doces e gorduras da dieta e praticando exercícios
físicos regularmente. Nas meninas, na fase da puberdade,
estes cuidados são muito importantes, pois é nessa
época que costumam surgir as estrias nas nádegas,
coxas e mamas. Nos rapazes, a fase do "estirão"
pode causar estrias horizontais no dorso do tronco.
Tratamento
As estrias são lesões irreversíveis e portanto
não existe um tratamento que faça a pele voltar ao
que era antes. Os tratamentos visam melhorar o
aspecto das lesões, estimulando a formação
de tecido colágeno subjacente e tornando-as mais semelhantes
à pele ao redor. Para isso várias técnicas
podem ser empregadas, entre elas:
- tratamento com ácidos: alguns tipos de ácidos, especialmente o ácido retinóico, estimulam a formação de tecido colágeno, melhorando o aspecto das estrias. Pode haver descamação e vermelhidão e a concentração ideal para cada caso deve ser definida pelo dermatologista, de acordo com o tipo de pele. Deve ser evitada a exposição solar.
- peelings: os peelings tem a mesma ação
dos ácidos, no entanto, de uma forma mais acelerada e intensa,
geralmente levando a um melhor resultado. Também deve ser
evitada a exposição solar.
subcisão (subcision): esta técnica consiste na introdução de uma agulha grossa, com ponta cortante, ao longo e por baixo da estria, com movimentos de ida e volta. O trauma causado leva à formação de tecido colágeno no local, que preenche a área onde o tecido estava degenerado. Provoca equimose (mancha roxa), que faz parte do tratamento, pois a reorganização do sangue também dá origem à formação de colágeno. - dermoabrasão: o lixamento das estrias provoca reação semelhante à dos peelings, com formação de colágeno mas com a vantagem de regularizar a superfície da pele, que ganha mais uniformidade, ficando mais semelhante à pele ao redor.
- intradermoterapia: consiste na injeção ao longo e sob as estrias de substâncias que provocam uma reação do organismo estimulando também a formação de colágeno nas áreas onde as fibras se degeneraram. Além disso, a própria passagem da agulha provoca uma discreta subcisão.
- laser: a aplicação do laser provoca o fechamento dos pequenos vasos nas estrias avermelhadas e promove a formação de novo colágeno, com diminuição do tamanho das estrias recentes ou antigas.
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