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Peeling Químico Superficial Como Intervenção no Melasma

O peeling superficial tem ação na epiderme, utilizando-se como substâncias ativas os alfa-hidroxiácidos (AHAs), como: glicólico, málico, lático, tartárico e cítrico e os beta-hidroxiácidos (ácido salicílico), ácido fítico, ácido azeláico, solução de Jasser, entre outros, além de suas combinações. É indicado para casos de acne, fotoenvelhecimento leve, eczema hiperquerostática, queratose actínica, rugas finas e melasma.
Conforme referido por Brady (2000), os peelings superficiais podem melhorar o aspecto dos distúrbios pigmentares que são mais profundos do que a lesão produzida pelo agente esfoliante, permitindo a penetração mais profunda dos agentes branqueadores aplicados entre as sessões de peeling.  Os alfa- hidróxiácidos, especialmente o ácido glicólico, em concentração de até 20%, provocam desprendimento dos corneócitos, na junção com o estrato granuloso, resultando na descamação dos níveis inferiores, recém formados do estrato córneo. Esse desprendimento mais uniforme do estrato córneo pode ser específico dessa classe de compostos e não é produzido pela irritação cutânea e por ceratólise (eliminação do extrato córneo do seu nível mais superficial para baixo).  Mark e Rubim (1995) complementam sobre os alfa hidroxiácidos conhecidos como ácidos de frutas, por serem derivados de frutas, sendo que estes produtos costumam ser usados em concentrações de 8% a 15%, como parte de um esquema diário de cuidados com a pele; contudo, também podem ser usados como esfoliantes. 


Quando se fala de peeling com AHA, em geral, refere-se ao ácido glicólico, visto que sua utilização é bem freqüente. No entanto, temos exemplo de ácido lático, cítrico, málico, tartárico e mandélico. Os AHAs fazem parte de um grupo de substâncias utilizadas nessas categorias de peeling. São compostos derivados do leite (ácido lático), de frutas cítricas (ácido cítrico), de maçãs (ácido málico), de uva (ácido tartárico) e cana-de-açúcar (ácido glicólico), mas também podem ser de origem sintética. Diferenciam-se pelo tamanho da molécula, sendo menores as do ácido glicólico e, portanto, com maior poder de penetração na pele. São eficientes no tratamento de rugas, desidratação, espessamento e pigmentação irregular da pele.  O ácido glicólico pode ser utilizado sozinho ou em combinação com outras substâncias, em alguns peelings faciais (COLLEMAN e FUTRELL, 1994). Como agente esfoliante, em vez de um produto para o cuidado diário da pele, o ácido glicólico que se encontra em concentração de 30% a 50% costumam ser aplicado por esteticistas, cosmetólogos ou enfermeiros, enquanto os peelings em que se utiliza o ácido glicólico, nas concentrações de 50% a 70%, geralmente, são realizados por médicos.
Para se alcançar a profundidade desejada, o ácido glicólico utilizado no peeling (e os demais AHA) precisam ser neutralizados para interromper sua ação. Como a profundidade da descamação com ácido glicólico depende de tempo, ao se neutralizar uma descamação com ácido glicólico a 70%, rapidamente, é possível obter uma descamação da mesma profundidade e com os mesmos resultados daquela feita com ácido glicólico a 50%, deixada na pele por mais tempo. Portanto, é mais seguro começar usando ácido glicólico a 50%, deixado na pele por um período mais prolongado do que iniciar com ácido glicólico a 70% que deve ser removido em neutralizado rapidamente, para prevenir a descamação excessiva. (BRADY, 2000).  A técnica de aplicação do ácido glicólico, para o tratamento do melasma, deve ter o objetivo de provocar somente uma ligeira quebra da coesão dos corneócitos superficiais, sendo o bastante para que a pele possa receber medicação domiciliar despigmentante a ser aplicada três dias após o peeling; essa quebra da integridade da camada córnea facilita a penetração dos agentes bloqueadores da enzima tirosinase, responsável pela produção da melanina (VAN SCOTT e YU, 1989, p. 108).  Para que isso aconteça, é necessário medir o desenvolvimento do eritema (quanto maior o grau do eritema, maior será o grau de penetração.

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