Em busca da perfeição
Os novos equipamentos e técnicas que deixarão pele e silhueta em forma para o próximo verão
O
movimento das clínicas de medicina estética se multiplica por três e
atinge seu ponto máximo neste período do ano. Homens e mulheres procuram
o que há de mais avançado para tirar aquela gordura localizada,
amenizar a celulite e recuperar a aparência da pele. Tudo para fazer
bonito nos meses de calor que se aproximam. A tendência dos médicos
nesta pré-temporada é montar pacotes combinando terapias conhecidas com
novos aparelhos. Em geral, são máquinas de alta tecnologia e nomes
retumbantes. A estrela deste ano é o Ultra Accent, que usa radiofreqüência
para firmar a pele, combater a gordura localizada e a celulite. As ondas
aquecem áreas da pele até temperaturas ao redor de 40 graus. “Isso
estimula a produção de colágeno, a fibra que dá sustentação à pele,
combatendo a celulite e a flacidez. Também diminui o volume nas coxas e
nádegas”, explica a dermatologista Carla Vidal, de São Paulo.
O
preço médio de uma sessão varia entre R$ 600 e R$ 1,5 mil. Mas não há
unanimidade entre os especialistas quanto à eficiência do tratamento. No
Rio de Janeiro, a dermatologista Adriana Drummond espera mais estudos
comprovando a vantagem do Accent sobre outras técnicas antes de
colocá-lo na rotina da sua clínica. Outra novidade é o Velasmooth,
equipamento que une radiofreqüência, luz infra-vermelha e massagem a
vácuo. “Ele melhora a textura cutânea e é uma opção contra flacidez e
celulite”, afirma a dermatologista Ana Lúcia Récio, de São Paulo. As
indústrias da beleza também estão empenhadas no lançamento de aparelhos
novos de carboxiterapia, técnica que usa o gás carbônico injetado sob a
pele para estimular a produção de colágeno. A promessa é sofisticar a
tecnologia para causar menor desconforto. “Na Itália estamos fazendo
muitas pesquisas com resultados excelentes”, garante Aloizio Faria de
Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.
Os velhos e bons peelings
também ganham colorido diferente. O menu das alternativas conta com uma
lista de misturas químicas mais recentes, destinadas a renovar a pele,
eliminar manchas, rugas e marcas. A médica Joana D´Arc Diniz, do Rio,
tem usado fórmulas à base de fenol modificado, o chamado Body Peel. “Ele
é indicado para peles mais envelhecidas e não possui mais a
agressividade e a toxicidade do passado”, explica a dermatologista. Mas
há muitas outras novas opções. A estilista curitibana Marina Lyra, 25
anos, por exemplo, submeteu-se ao Blue Peel, uma mistura dos
tradicionais ácidos salicílico, tricloracético, glicerina e substâncias
esfoliantes que dão a coloração azul. E há alguns meses fez aplicações
de Accent. “Adorei os resultados. Como não faço exercícios, compenso com
boa alimentação e tratamentos que intensifico no verão”, diz.
Outra
alternativa que desponta nos centros de culto à beleza para
rejuvenescimento corporal é o uso experimental do Portrait, um aparelho
que usa o gás nitrogênio na forma de plasma para emitir calor, obrigando
a pele a reagir produzindo colágeno. “É indicado para a camada mais
superficial da pele”, explica Faria de Souza. Para competir com todos
esses recursos, há também modelos mais atuais de lasers. Um deles
é o Fraxel, dotado de uma ponteira com microperfurações que permitem ao
raio intenso fazer furinhos pequenos na pele, estimulando a regeneração
dos tecidos. Diante de tanta novidade e encantamento que a tecnologia
produz, é fundamental ter uma boa conversa com o médico para entender
exatamente o procedimento ao qual será submetido e o que pode esperar
dele.
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