Depilação a laser nem sempre é definitiva, mas ainda é a mais eficiente; saiba mais

Eliminar os pêlos de algumas regiões do corpo em caráter definitivo é o sonho de uma parcela considerável de mulheres - e de homens também - cansados de alternativas que agridem a pele e trazem resultados pouco eficazes. Há cerca de 10 anos, um método conquistou cada vez mais espaço no mercado de beleza, ganhando adeptos de ambos os sexos: a depilação a laser.

Apesar do tempo de existência, este tipo de procedimento ainda suscita muitas dúvidas e receios. UOL Estilo consultou especialistas no assunto para explicar detalhadamente como funciona o método que promete ser o combate mais eficiente aos indesejáveis pêlos. Entre as mulheres, as áreas campeãs de procura são virilha, axilas e buço. Os homens costumam fazer pescoço, barba e costas.

Tipos de laser: No Brasil, os mais utilizados para depilação são o laser de diodo e a luz pulsada, que aparecem mais pelos seus nomes comerciais como Ligthsheer e Soprano XL (diodo) e Dermapulse, Photoderm, Spa Touch (luz pulsada). Também podem ser utilizados o Nd-Yag, Gentle Yag e o Alexandrita, cujo resultado para remoção de pêlos costuma ser inferior aos demais, já que a função primária deles não é focada na depilação.

Como o laser age: O laser nada mais é do que uma luz amplificada e direcionada que atua sobre um "alvo". Esses alvos são chamados de cromóforos, e, no caso dos pêlos, esse cromóforo é a melanina. Assim, quanto maior a concentração de melanina no pêlo, mais fácil será para o laser destruir a sua estrutura folicular. Por isso, o laser alcança melhores resultados com pêlos grossos e escuros. Fios brancos, loiros e ruivos dificilmente conseguem ser "captados" pelo laser.

Qual escolher: Pêlos mais fininhos, como uma "penugem" da face, respondem melhor com a luz pulsada. Já os mais grossos respondem bem ao laser de diodo. O Nd-Yag e o Gentle Yag podem ser utilizados em peles negras, pois não são atraídos pela pigmentação, como a maior parte dos lasers, evitando assim risco de queimaduras. A pele escura precisa ter sua superfície mais protegida, intensificando-se o resfriamento e aumentando o intervalo entre os disparos do laser, para que ela tenha tempo de recuperar-se da agressão.

Dói? A sensibilidade ao laser varia muito de pessoa para pessoa. Os lasers de diodo, Nd-Yag e Alexandrita são reconhecidamente doloridos e pedem um anestésico tópico antes da sessão, além de aplicações de gelo intercaladas com o disparo do laser para ajudar na anestesia da região. Já os modelos mais modernos que possuem um sistema de resfriamento na ponteira doem um pouco menos do que uma depilação com cera.

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Durante o tratamento deve-se evitar a exposição ao sol

Tempo de cada sessão: A duração de uma sessão é determinada muito pela dor que o paciente sente durante a aplicação do laser e pelo tipo de aparelho utilizado. Pessoas mais sensíveis à dor necessitam de pausas freqüentes para aplicação de gelo. Aparelhos com sistema de resfriamento automático dispensam esse procedimento e enviam um jato anestesiante antes do laser, otimizando a sessão. Além disso, o tamanho da ponteira do aparelho vai atingir uma área maior ou menor do corpo, influenciando também no tempo da sessão. Para efeito de comparação, veja os tempos médios por sessão utilizando um laser sem o efeito de resfriamento e outro com: axilas (15 minutos / 40 segundos); virilha (20 minutos / 3 minutos); meia perna (40 minutos / 6 minutos).

Quantas sessões são necessárias: O laser destrói os pêlos que estão na fase de crescimento, o que significa cerca de 90% dos fios. Após a primeira sessão os pêlos já ficam mais finos, e alguns já são totalmente destruídos. São necessárias, em média, cinco sessões para o tratamento completo em áreas como axilas, braços, virilhas, tórax, abdome, costas e pernas. O intervalo entre as sessões deve ser de um mês.

É definitivo ou não é? Os profissionais preferem dizer que a depilação a laser não é definitiva, mas sim de longa duração. São eliminados cerca de 80% dos pêlos - os que resistem são os mais finos, com menor concentração de melanina. Os pêlos eliminados não voltam, no entanto, nada impede que pêlos novos venham a nascer no local tratado. Em áreas como virilha, axilas e pernas isso é mais difícil de acontecer, mas em locais onde há maior interferência hormonal, como rosto, seios e barriga, não é incomum voltar a ter pêlos. É recomendável consultar um ginecologista ou endocrinologista antes do procedimento para avaliar se há algum possível problema hormonal causando excesso de pêlos.

Quando fazer: A depilação a laser pode ser feita em qualquer época do ano, mas muitos preferem o inverno pela menor exposição das áreas tratadas ao sol.

Cuidados durante o tratamento: Não tomar sol é essencial, pois o laser precisa do maior contraste possível entre a pele e o pêlo. Piscinas e praias podem ser freqüentadas, desde que com proteção - dê preferência a piscinas cobertas e vá à praia nos períodos de menor incidência de raios solares. Também é melhor evitar o uso de cremes com ácidos. Se for necessário depilar a região tratada entre uma sessão e outra, opte pela lâmina, para que o laser não perca a sua referência de leitura.

Riscos: Não são conhecidas reações adversas a longo prazo. Os problemas que podem ocorrer acontecem na própria sessão devido a má conduta na aplicação do laser, como uso de potência maior do que a necessária erealização sobre a pele bronzeada, causando bolhas, queimaduras e manchas escuras (geralmente reversíveis) ou claras (podem ser irreversíveis). É aconselhavel realizar o procedimento sempre em locais que possuam um médico responsável.

Preços: Em média, o preço por sessão na cidade de São Paulo fica em R$ 250 axila, R$ 400 virilha ou barba e R$ 150 buço

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